quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Sobre a Igualdade de Género - Cidadania e Desenvolvimento

A ideologia da Igualdade de Género, qual a sua origem e objetivos?

Para reflexão:

Programa "Sem tabus" (ideologia de género - Eric Kandel)

A ONU e a implantação da ideologia de género (explica o funcionamento das conferências da ONU; ligação ao aborto)
(ver aos 15 min. a definição de género)

Confronto de opiniões a propósito da ideologia de género


APF (a favor desta ideologia)
Ver "quem somos"

Conferência de uma juíza católica – A origem da igualdade de género 
 (do min. 18'25'' até 26'38''; do min. 28'48'' ao 32'40'')



Como aprender e estudar

Um estudante de Medicina fala da surpresa que foi uma nova forma de aprender, bastante ativa para o aluno, totalmente diferente do método a que estava habituado! Vejam até ao fim, pois vale a pena.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

AFO - Apresentação Formal da Oralidade

Critérios/Descritores e Grelha de avaliação



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Orações subordinadas


http://www.notapositiva.com/old/pt/textapoiobs/portugues/09_oracoes_subordinadas_d.htm

FICHA DE TRABALHO

ORAÇÕES SUBORDINADAS
Para distinguir as várias orações iniciadas por “que” temos que ter em conta certas situações.
Se a oração subordinante possuir um verbo que precise da oração seguinte, iniciada por “que” para lhe completar o sentido, então estamos perante um oração subordinada completiva ou integrante.
. Ele disse que gostava de ir connosco ao cinema.
. Eu não sabia que tinhas estado de férias.
A oração completiva, normalmente, serve de complemento direto ao verbo da subordinante.

Se a oração subordinante contiver em si a palavra que antecede o “que”, então estamos perante uma oração subordinada relativa.
. Os alunos que ainda não acabaram o exercício terminam em casa. (oração subordinada relativa restritiva)
. Os alunos, que andavam descontraídostiveram boas notas nas provas. (oração subordinada relativa explicativa)
Nas duas frases, o “que” tem a função de sujeito da oração subordinada (pode ter outras funções características do nome).
Se o “que” puder ser substituído por “pois”, então estamos perante uma oração coordenada explicativa . 
. Apressa-te que tenho muito que fazer.

Se o “que” for precedido de “tal”, “tanto” ou “tão”, então estamos perante uma oração subordinada consecutiva.
. A Joana cresceu tanto que nada lhe serve.

Se o “que” integrar a expressão mais do que ou menos do que, dá origem a uma oração subordinada comparativa.
. A Joana gosta mais de correr do que jogar no computador.
Aplica agora o que aprendeste
1. Transcreve, separadamente, as duas orações que constituem a frase complexa que se segue.
Os navegadores que viajavam para a Índia foram surpreendidos pela tempestade.
2. Atenta na seguinte frase complexa:
Ele disse-nos que o homem vivia sozinho.
2.1. Delimita as duas orações que a constituem, escrevendo-as separadamente.
2.2. Indica a classe gramatical a que pertence a palavra sublinhada.
3. Transforma em frases complexas os pares de frases simples a seguir apresentados, utilizando conjunções ou locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre parênteses. Faz as alterações necessárias à correção das frases.
a) Todos queriam ir ao concerto. Eles não tinham dinheiro.
     (conjunção ou locução conjuncional subordinativa concessiva)
b) O filme era muito longo. Deixei-me dormir a meio.
    (locução conjuncional subordinativa consecutiva)
c) Não vou convosco à casa da Ana. Eu e a Ana zangámo-nos.
    (conjunção ou locução conjuncional subordinativa causal)
4. Assinala a alínea que corresponde à frase que contém uma oração subordinada relativa explicativa.
a) A Ana acenou de longe aos seus amigos, dois colegas que estudam na mesma escola que ela.
b) A Sofia disse ao irmão que não queria ir com os amigos dele nem ao cinema, nem à praia.
c) O António, que é o melhor amigo do Pedro, como não quis desiludi-lo, decidiu acompanhá-lo.
d) Considero que, atualmente, as pessoas têm acesso mais facilitado à informação.
5. Classifica as orações sublinhadas:
a) A rapariga que eu vi no teatro não era a tua amiga.
b) Ele pediu-te que não fumasses tanto.
c) Quando te encontrei no cinema, não te conheci.
d) Apesar de estar mau tempo, o Pedro foi passear de barco.
e) A Manuela foi à praia, embora estivesse frio.
f) Os escuteiros que ajudam velhinhas são bons rapazes.
g) Os escuteiros, que ajudam velhinhas, são bons rapazes.
h) A criança cujo pai está doente falta hoje à escola.
i) Já que fazes bolos bons, encomendo-te um bolo de chocolate.
j) A Eva disse que queria uma boneca no seu aniversário.
k) O professor falou alto para que os alunos o ouvissem.
l) Se estudasse mais, o José teria melhores resultados.
m) Que o Luís tenha reprovado o ano surpreendeu os seus pais.
n) A Maria garantiu-me que ele não iria à festa.         
o) Se resolver sair, encontro-te em casa da Isabel.
Correcção
1. Transcreve, separadamente, as duas orações que constituem a frase complexa que se segue.
Os navegadores foram surpreendidos pela tempestade.
que viajavam para a Índia
2. Atenta na seguinte frase complexa:
Ele disse-nos que o homem vivia sozinho
2.1. Delimita as duas orações que a constituem, escrevendo-as separadamente nas linhas abaixo.
Ele disse-nos
 que o homem vivia sozinho.
2.2. Indica a classe gramatical a que pertence a palavra sublinhada.
Conjunção subordinativa completiva
3. Transforma em frases complexas os pares de frases simples a seguir apresentados, utilizando conjunções ou locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre parênteses. Faz as alterações necessárias à correcção das frases.
a) Todos queriam ir ao concerto embora não tivessem dinheiro.  (conjunção ou locução conjuncional subordinativa concessiva)
b) O filme era tão longo que me deixei dormir a meio.     (locução conjuncional subordinativa consecutiva)
c) Não vou convosco à casa da Ana porque nos zangámos.  (conjunção ou locução conjuncional subordinativa causal)
4. Assinala a alínea que corresponde à frase que contém uma oração subordinada relativa explicativa.
c) O António, que é o melhor amigo do Pedro, como não quis desiludi-lo, decidiu acompanhá-lo.
5. Classifica as orações sublinhadas:
a) Oração subordinada relativa restritiva.
b) Oração subordinada completiva
c) Oração subordinada temporal
d) Oração subordinada concessiva
e) Oração subordinada concessiva
f) Oração subordinada relativa restritiva.
g) Oração subordinada relativa explicativa
h) Oração subordinada relativa restritiva.
i) Oração subordinada causal
j) Oração subordinada completiva
k) Oração subordinada final
l) Oração subordinada condicional
m) Oração subordinada completiva
n) Oração subordinada completiva
o) Oração subordinada condicional

sábado, 17 de novembro de 2018

Visualização ou visionamento?

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-visionamento-e-visualizacao/22074

Visionamento (ou visionação), de visionar, corresponde à acção| de ver um filme do ponto de vista técnico.
Visualização, de visualizar, corresponde à apresentação de informação através do monitor de um computador. Visualizaçãoassume também o sentido geral de acto de ver.
Portanto, são formas aceitáveis: «a visualização do filme» e «o visionamento do filme». (...)

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Cidadania e Desenvolvimento - Teste de Compreensão Oral - síntese

O Curso de Rosana FA - Carreira Sustentável

Comportamento à mesa

Rosana responde à pergunta "O que o mundo do trabalho espera de você?" (9'12'' iniciais) 

Outro vídeo sobre desenvolvimento sustentável, neste caso "Empreendedorismo sustentável":



quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Senão ou se não?

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/as-regras-do-se-nao-e-do-senao/10379

Senão, uma só palavra, pode ser um substantivo ou um elemento de ligação (uma conjunção, um advérbio ou uma preposição). 
Se não são duas palavras: “se” (conjunção condicional, pronome ou partícula apassivante), seguido do advérbio de negação “não”. 
Vou apresentar exemplos de diversas situações em que ocorrem. 
1. Senão 
1.1. Como substantivo, significa mácula, defeito, leve falta: “Não há bela sem senão.” 
1.2. Como elemento de ligação, pode ter os seguintes significados: 
a. de outro modo, de contrário, de outra forma, quando não (na sequência de uma ordem, pedido, conselho, ameaça ou expressão de intenção): “Fala mais alto, senão não te oiço.” 
b. mas, mas sim, porém: “Não dá quem tem, senão quem quer bem.” 
c. a não ser, mais do que: “O que é a vida senão uma luta?” 
d. à excepção de, excepto: “Ninguém falou senão o meu irmão.” 
e. apenas, só: “Ela não é dona, senão sócia.” 
f. na construção “não... senão”, que significa só, somente, apenas, unicamente (equivalente à construção francesa “ne...que”): “Ele não tinha senão uma atitude a tomar: proteger a mãe.” 
g. na locução conjuncional “senão quando”, que significa de repente, quando subitamente, eis que: “Estávamos quase a dormir, eis senão quando se ouve um estrondo.” 
h. na locução “senão que”, que significa mas antes ou mas ao contrário: “Não há que falar, senão que agir.” 
i. na construção “não só... senão”, significando mas também: “Não só roubou, senão destruiu.” 
2. Se não 
2.1. Quando o “se” é uma conjunção condicional que introduz uma oração na negativa, o verbo pode vir expresso ou estar subentendido: 
2.1.1. Com o verbo expresso: “Quando o leite está ao lume, se não estiveres a olhar, ele verte.”; “Só há jogo, se não chover.”; “Ele dirá tudo, se não o impedirem.” 
2.1.2. Com o verbo subentendido: “Estavam lá dezenas de jovens, se não centenas.” Subentende-se aqui a mesma forma verbal da primeira oração (“estavam”). 
Uma regra simples para se verificar esta situação (2.1.2.): neste caso é possível introduzir a expressão “é que” entre o “se” e o “não”: “Estavam lá dezenas de jovens, se é que não estavam centenas!” 
2.2. Exemplo de “se” como pronome em frase negativa: “Quem se não sente de agravos, não é honrado.”; “Quem se nãocansa sempre alcança.” 
2.3. Exemplo de “se” como partícula apassivante: “Apesar de se não verem as gaivotas, já cheira a maresia.” 

A finalizar, queria chamar atenção para a situação 1.2. a. Aí a palavra “senão” pode ser substituída por “se não falares mais alto”, o que poderá levar à dúvida: se afinal está lá subentendido um verbo (o verbo falar), por que razão deverá ser “senão” em vez de “se não”, conforme a situação 2.1.? 
Acontece que em 1.2.a. não se está a subentender a mesma forma verbal (pessoa, número, tempo) da oração anterior, como acontece em 2.1.2. Essa palavra “senão”, por si só, não forma oração, mesmo que elíptica (não há mais nenhum elemento; segue-se outra ideia: “não te oiço”). O mesmo não acontece em 2.1.2. em que está subentendida a mesma forma verbal, pessoa, tempo, modo e voz.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Pleonasmo

Na expressão "há muito tempo atrás" está presente um pleonasmo, um erro de sintaxe que consiste numa redundância, uma repetição desnecessária.
Aqui encontras um divertido vídeo sobre o assunto.

                                                                        https://www.youtube.com/watch?v=Qbm2w_T4laY

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Referências bibliográficas

Gerador de referências bibliográficas
http://novo.more.ufsc.br/inicio
http://novo.more.ufsc.br/livros/inserir_livros  (site universitário brasileiro)

Norma Portuguesa
https://edicoes.up.pt/anexo/ficheiro/1/Normas_de_edi__o.pdf

Significado de et al.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Et_al.

Significado de idem e ibidem
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/pelourinho/do-idem-ibidem/172

Significado de apud
https://www.significados.com.br/apud/

Resumo do texto da p.28 - Outras Expressões 10


Resumo do texto “A literatura portuguesa e a poesia das origens” (p.28) – Outras Expressões 10
A literatura portuguesa surge nos finais do século XII, pouco depois da fundação da nacionalidade.
Esta literatura utilizava o galego-português, língua independente falada no noroeste da Península Ibérica (Galiza e reino de Portugal) e que evidenciava aptidão artística.
Foi nesta língua que apareceram os nossos primeiros textos conhecidos, seja de carácter jurídico-político, seja de carácter literário. Nessa altura, a língua apresentava-se já apta tanto para os usos quotidianos – ainda que condicionada pelas fórmulas tradicionais em latim e pela pouca estética -, como para a liberdade de expressão artística e lúdica.
De facto, os primeiros textos literários são textos poéticos e muito próximos da linguagem oral, apesar da artificialidade literária. Também nas outras línguas, a poesia é a primeira manifestação literária, uma vez que, dada a sua natureza repetitiva, permite facilmente a transmissão oral, baseada na memorização, associando-se ao canto, para exprimir os sentimentos do seu povo nas várias circunstâncias da vida.
Assim, a nossa poesia original é constituída por letras de canções interligadas com esquemas musicais.

sábado, 22 de setembro de 2018

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

História Trágico-Marítima







Alguns PPT:

https://pt.slideshare.net/armindagoncalves/sintese-historiatragico-maritima1565?next_slideshow=
1
https://pt.slideshare.net/TeresaOliveira19/historia-tragico-maritima-contextualizacao-historicoliteraria
https://pt.slideshare.net/cristinabarcoso/histria-trgicomartima (resumo dos vários capítulos)
https://pt.slideshare.net/blog12cad/historia-tragico-maritima-captulo-v?next_slideshow=1  (muito aconselhável; com análise de um excerto -  cap.V)

 

"As terríveis aventuras de Jorge Albuquerque Coelho (1565)"
https://pt.slideshare.net/armindagoncalves/p236-esquemas-sintese


Relação da muito notavel perda do Galeão Grande S. João

em que se contam os grandes trabalhos e lastimosas coisas que acontecerão ao Capitão Manoel de Sousa Sepulveda, e o lamentavel fim, que ele e sua mulher, e filhos, e toda a mais gente houverão na Terra do Natal, onde se perderão a 24 de Junho de 1552.
"Supõe-se reimpressão da que saiu pela primeira vez em 1554".
Logo no início da obra encontramos o sem dúvida mais conhecido do todos os relatos da História Trágico-Marítima, que aqui merece ser resumido:
Manuel de Sousa de Sepúlveda passara à Índia em 1534, para não ter que casar com uma senhora que seduzira, e cujos irmãos o perseguiam. No Oriente fora capitão às ordens de Martim Afonso de Sousa. Estivera presente na conquista de Diu em 1536, na armada do governador D. Estêvão da Gama ao Mar Vermelho em 1540, etc. Em 1544 fora nomeado capitão de Diu.
A 3 de Fevereiro de 1552, com a mulher e os filhos, largou de Cochim, na Índia, rumo a Lisboa, como capitão do galeão grande São João. O galeão vinha carregado com 7500 quintais de pimenta, e transportava mais de quinhentas pessoas. A 13 de Abril, à vista do Cabo da Boa Esperança, a nave foi acometida por fortes tempestades, acabando por naufragar a 8 de Junho, nas costas do Natal. Os cerca de 380 sobreviventes iniciaram, um mês mais tarde, uma longa marcha rumo a Moçambique. A fome, as doenças, os ataques dos Cafres[1] e dos animais selvagens foram lentamente diminuindo o seu número. Quando atravessaram o rio de Lourenço Marques, nos fins de Dezembro, os sobreviventes eram apenas cerca de 120; e um filho de 10 anos de Manuel de Sousa de Sepúlveda tinha já morrido. Nesta região foram os sobreviventes portugueses maltratados pelos Cafres, vindo a mulher do capitão e os seus filhos pequenos a morrer em Janeiro de 1553, em circumstâncias dramáticas. Manuel de Sousa de Sepúlveda, depois de os enterrar, internou-se no mato para nunca mais ser visto.
O relato deste infortúnio foi redigido por um autor desconhecido, talvez baseado em informações de Álvaro Fernandes, guardião do galeão, e foi impresso pela primeira vez logo cerca de 1554. Camões, no Canto V de Os Lusíadas, faz o Adamastor profetizar a tragédia:
"Outro também virá de honrada fama,
Liberal, cavaleiro, enamorado,
E consigo trará a formosa dama
Que Amor por grã mercê lhe terá dado.
Triste ventura e negro fado os chama
Neste terreno meu, que duro e irado
Os deixará dum cru naufrágio vivos
Para verem trabalhos excessivos.
Verão morrer com fome os filhos caros,
Em tanto amor gerados e nascidos;
Verão os Cafres ásperos e avaros
Tirar à linda dama seus vestidos..."[2]
Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_Tr%C3%A1gico-Mar%C3%ADtima


Excerto do filme "Peregrinação":


A História Trágico-marítima explicada:

A Nau Catrineta:

(filme de animação)



(voz de Fausto e painéis de Amadeu de Sousa Cardoso)

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Valor modal e aspetual do verbo

Consulta:
http://portugues-fcr.blogspot.pt/2011/10/modalidade-valor-modal.html
http://area.dge.mec.pt/GramaTICa/umfimtriste/valoresmodais10.html
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-conjugacao-perifrastica/11626
https://pt.slideshare.net/blog12cad/valor-temporal-aspetual-e-modal-recurso-da-porto-editora


Notas:
1. e·pis·té·mi·co 
(episteme + -ico)
adjectivo
1. Relativo a episteme.
2. Relativo ao conhecimento. = COGNITIVO

"epistémico", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/epist%C3%A9mico [consultado em 24-05-2018].

2. de·ôn·ti·co 
(grego déondéontoso que é necessárioo que é certo + -ico)
adjectivo
O mesmo que deontológico.
"deôntico", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/de%C3%B4ntico [consultado em 24-05-2018].

Para praticar:
http://portugues-fcr.blogspot.pt/2013/05/aspeto-verbal-exercicios.html
https://paginaapagina.files.wordpress.com/2010/02/valor-temporal-aspetual-e-modal_oficina-de-gramc3a1tica.pdf
http://portugues-fcr.blogspot.pt/2011/10/modalidade-g-2011-2.html




segunda-feira, 30 de abril de 2018

A Mitificação do herói em OS LUSÍADAS


           Os Lusíadas celebram os Portugueses enquanto nação, colectividade. Para isso, o poeta desenvolve uma história de Portugal como epopeia, seleccionando os episódios e as figuras, de modo a fazer avultar o lado heróico e exemplar da História, cantando-a. Por outro lado, o poema tende à universalidade, louva não só os Portugueses mas o homem em geral: a sua capacidade realizadora, descobridora. A empresa das descobertas é a grande prova dessas capacidades: a de se impor à natureza adversa, de desvendar o desconhecido, de ultrapassar os limites traçados pela cultura antiga e pelo conceito tradicional do homem e do mundo, que estavam dogmatizados e eram difíceis de superar. Os Lusíadas celebram a capacidade de alargar e aprofundar o saber; a realização do homem no que respeita ao amor e, por fim, talvez o mais importante, o poder de edificar a vida face ao destino. De não ser vítima da fatalidade. De se libertar e de ser sujeito do seu próprio destino. Por isso, um dos temas épicos consiste na comparação sistemática com os modelos antigos, com o apogeu na divinização dos heróis. 

Maria Vitalina leal de Matos, Tópicos para Uma Leitura de “Os Lusíadas”, Editorial Verbo, Lisboa, 2003




          O Homem, «bicho da terra» tão pequeno, conseguiu conquistar o mar que o transcendia - espaço de transgressão -, vencendo as forças, personificadas pelos Deuses. Conseguiu isso pela ousadia, pelo estudo, pelo sacrifício, por querer superar-se a si próprio e ser «mais alto» e ir «mais longe». Os homens tornam-se deuses, fazendo cair do pedestal as antigas divindades. A recepção dos nautas pelas ninfas significa a confirmação dos receios de Baco: de facto, os navegantes cometeram actos tão grandiosos que se tornam amados pelos deuses; e, de certo modo, divinizam-se também. Temos aqui um mito construído com elementos da cultura greco- latina, mas elaborado para o efeito específico que o autor visa. Que diz esse mito? Reconhece a importância excepcional do acontecimento nuclear do poema -a Viagem de Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia. A viagem é física, humanista, geográfica e poética. A euforia leva à epopeia como forma elevada de imortalizar os heróis da aventura. 
          Mais do que explorar os mares, a viagem traduz em si mesma a contínua procura de verdade, pois é sempre mais belo viajar do que chegar. Desta viagem resulta a passagem do conhecido para o desconhecido, das trevas para a luz, de uma ideologia confinada para outras e diversas realidades. Os olhos dos eleitos que viram o raiar da aurora e a água pura das fontes ou que tiveram o privilégio de contemplar a «máquina do Mundo» exprimem a metáfora da luz numa nova época do conhecimento. O deslumbramento dos nautas pelo erotismo da «ilha» simbolizará também a necessidade de uma comunhão dos homens com o divino na procura da suprema harmonia.           
          Assim se consubstancia a narrativa que na Ilha dos Amores revelará ao mundo que a única via para o Futuro é o Amor e o Conhecimento. A superação advém dessa interiorização, dos perigos e contrariedades. «Vede» -depois de tantos e tantos perigos, chegámos aqui para voltar com o conhecimento. A descoberta verdadeira foi que o caminho marítimo (ou terreno) é através do Amor e do Conhecimento. O desconhecido torna-se conhecido e o mistério é desvendado, os nautas divinizados. 
in Interacções, Texto Editora 


Consulta:
http://portugues-fcr.blogspot.pt/2013/02/o-heroi-em-os-lusiadas.html

Outras consultas:
https://pt.slideshare.net/sebentadigital/os-lusadas-mitificao-do-heri
http://folhadepoesia.blogspot.pt/2007/06/camoes-heroi-humanista.html
http://ovalordapalavra.blogspot.pt/2011/06/mitificacao-do-heroi-os-lusiadas.html
http://acncs.blogspot.pt/2012/04/mitificacao-do-heroi-em-os-lusiadas-e.html





quarta-feira, 14 de março de 2018

OS LUSÍADAS - As reflexões do poeta





https://pt.slideshare.net/sebentadigital/os-lusadas-reflexes-do-poeta
                  

http://portugues-fcr.blogspot.pt/2013/02/as-consideracoes-pessoais-do-poeta.html

As considerações pessoais do poeta

            O poema épico de Camões destina-se a celebrar e a glorificar o povo português, em especial os heróis que tornaram a Pátria grande, a partir da viagem de Vasco da Gama à Índia. No entanto, o poeta, homem lúcido e experiente, demonstra, em diversos momentos, o seu desencanto e o seu pessimismo face a uma pátria em crise, “mergulhada numa austera, apagada e vil tristeza”. Este facto justifica-se se tivermos presente que Os Lusíadas foram publicados 74 anos após a viagem de Vasco da Gama, num momento em que o Império português se encontrava já em decadência e pressagiava um futuro negro.
            As reflexões apresentam uma estrutura semelhante, resultante do facto de surgirem, regra geral, no final dos cantos e após um acontecimento que os motiva. Para além disso, a linguagem é característica de um discurso judicativo (expressão de juízos de valor) e valorativo (expressão de juízos críticos e subjetivos) que se traduz no uso de adjetivação valorativa, frases exclamativas e apelativas, interrogações retóricas, interjeições, construções negativas, anáforas, apóstrofes e enumerações.
            Nas palavras de Zaida Braga e Auxilia Ramos, «Estes momentos constituem não só um reflexo da mentalidade do homem renascentista (pela sagacidade e análise crítica evidenciada), mas também contêm (pela intemporalidade que veiculam) uma intenção didática e interventiva.
            Com efeito, o espírito humanista de Camões não podia subestimar uma meditação sobre os valores, baseada nas suas experiências de vida e nas suas preocupações. É assim que, num texto de natureza épica, somos regularmente confrontados com momentos de reflexão e intervenção que desinstalam o leitor.»
            Resumindo, o poema procura cantar a grandeza do passado de Portugal e dos portugueses, um pequeno povo que “deu novos mundos ao mundo”, que dilatou a fé cristã, que abriu novos rumos ao conhecimento, mas fá-lo estabelecendo um contraste com o presente. De facto, ao cantar os feitos e os heróis do passado, Camões procura mostrar aos portugueses do seu tempo a sua falta de grandeza e, em simultâneo, procura incentivar D. Sebastião a conduzir o reino a um futuro de novas glórias, que se oferece para cantar.

            As reflexões são as seguintes:

. Canto I (105-106) – Reflexão sobre a fragilidade da condição humana:
. Acontecimento motivador da reflexão: a chegada da armada portuguesa a Mombaça, após a superação das armadilhas preparadas por Baco;
. Camões alude aos perigos que os portugueses enfrentarão durante a viagem, provenientes de enganos, ciladas e traições, bem como de guerras e tempestades;
. Reflete sobre a insegurança e a fragilidade da vida / condição humana;
. Note-se que esta reflexão surge no final do canto I, isto é, num momento em que os navegadores ainda têm um longo e difícil caminho a percorrer.

. Canto III (142-143) – Reflexão sobre a importância e o poder do amor:
Acontecimento motivador: os amores de D. Inês de Castro e D. Pedro e de D. Fernando e D. Leonor Teles;
. Camões reflete sobre o poder do amor, que todos toca e transforma.

. Canto IV (95-104) – Reflexão sobre a ambição e a procura da fama:
. Acontecimento motivador: as despedidas em Belém;
. O poeta reflete sobre a procura insensata da fama e a ambição desmedida, que acarretam consequências dolorosas para o ser humano.

. Canto V (92-100) – Crítica à falta de cultura e de apreço pelos poetas por parte dos portugueses:
. Acontecimento motivador: o fim da narrativa de Vasco da Gama ao rei de Melinde;
. Camões mostra como o canto dos heróis e dos seus feitos incita à realização de novos feitos;
. De seguida, dá exemplos do apreço que os antigos heróis gregos e romanos tinham pelos seus poetas e da importância que atribuíam à cultura e à poesia, compatibilizando as armas e o saber;
. Lamenta a falta de interesse pelas artes e pelas letras por parte dos seus contemporâneos;
. Adverte para a necessidade de imortalizar os feitos dos portugueses através da arte;
. Reitera, movido pelo amor à pátria, o seu propósito de continuar a cantar os feitos e os heróis portugueses.

. Canto VI (95-99) – Reflexão sobre o caminho para a fama e a glória:
. Acontecimento motivador: a Tempestade e o agradecimento de Vasco da Gama a Deus pela proteção recebida;
. Camões defende um novo conceito de nobreza, espelho do modelo de virtude renascentista, segundo o qual a fama e a imortalidade, o prestígio e o poder se alcançam pelo esforço individual, pelo sacrifício e pela coragem, revelados na guerra, enfrentando os elementos da natureza, sacrificando o corpo ou sofrendo a perda de companheiros;
. O heroísmo não se herda nem se obtém vivendo no luxo e na ociosidade, ou à custa de favores.

. Canto VII (2-15) – Elogio do espírito de cruzada:
. Acontecimento motivador: a chegada da armada portuguesa a Calecute;
. O poeta elogia o espírito de cruzada dos portugueses, a divulgação da fé cristã por todo o mundo;
. Exorta-os a prosseguirem esse caminho, criticando, em simultâneo, outros povos europeus (“Alemães, soberbo gado”, o “duro inglês”, o “Galo indigno” e os italianos), que não seguem o exemplo luso no combate aos infiéis, antes se interessam apenas pelo ócio e pela cobiça.

. Canto VII (78-87) – Crítica aos contemporâneos:
. Acontecimento motivador: pedido do Catual a Paulo da Gama para que lhe explique o significado das figuras desenhadas nas bandeiras da nau;
. Num discurso marcadamente autobiográfico, alude à sua vida cheia de adversidades (a pobreza, os perigos do mar e da terra, etc.);
. Lamenta-se da ingratidão dos que tem cantado em verso e dos grandes senhores de Portugal por não prezarem as artes, por não reconhecerem o seu talento e por não o saberem prezar e recompensar;
. Alerta para a inibição do surgimento de outros poetas para cantarem os feitos do futuro em consequência da ingratidão;
. Manifesta a sua recusa em cantar os ambiciosos, os que sobrepõem os seus interesses ao bem comum e do Rei, os dissimulados e os que exploram o povo;
. Alude ao herói como aquele que arrisca a vida por Deus e pelo Rei.

. Canto VIII /96-99) – Crítica ao poder do dinheiro:
. Acontecimento motivador: as traições sofridas por Vasco da Gama em Calecute (o seu sequestro, do qual é libertado graças à entrega de valores materiais);
. Camões reflete sobre o poder do dinheiro e enumera os seus efeitos perniciosos: leva à corrupção e à traição, deturpa o conhecimento e as consciências, condiciona as leis e a justiça, ocasiona difamações e a tirania.

. Canto IX (90-95) – Reflexão sobre o caminho para a fama:
. Acontecimento motivador: a explicação a Vasco da Gama, por parte de Tétis, do significado alegórico da Ilha dos Amores;
. O poeta adverte os portugueses relativamente à ambição desmedida e à tirania, vícios que quem quer alcançar o estatuto de herói tem de desprezar;
. Exorta os portugueses a despertar do adormecimento e do ócio, a abandonar a cobiça e a tirania, a serem justos e a lutarem pela Pátria e pelo Rei.

. Canto X (145-146) – Nova crítica do poeta aos seus contemporâneos:
. Acontecimento motivador: a chegada da armada de Vasco da Gama a Portugal;
. O poeta lamenta a decadência da Pátria, submersa no “gosto da cobiça” e que não reconhece o seu talento artístico nem o seu “honesto estudo” nem a sua experiência, daí o seu desalento, o seu desânimo e o seu cansaço e a recusa de prosseguir o seu canto;
. Porém, enaltece os que são leais ao Rei (“os vassalos excelentes”), símbolo coletivo dos portugueses valorosos;
. Exorta o rei D. Sebastião a dar continuidade à glorificação do “peito ilustre lusitano” e a dar matéria a novo canto.

SÍNTESE:

Outros PPT que podes consultar:


https://prezi.com/bmvakmdnmdrg/os-lusiadas-analise-das-reflexoes-do-poeta/
http://mym-pt.blogspot.pt/2013/01/os-lusiadas-reflexoes-do-poeta.html

Para revisão da matéria estudada
https://proflpelsa.wordpress.com/2012/03/14/analise-da-proposicao-em-os-lusiadas/
https://www.slideshare.net/paulaoliveiracruz/invocao-e-dedicarria?ref=https://proflpelsa.wordpress.com/2018/04/23/analise-da-invocacao-e-ddedicatoria-nos-lusiadas/
https://www.slideshare.net/amcamc/lusiadas-figurasdeestilo
https://www.inverso.pt/lusiadas/restelo.htm
https://notapositiva.com/os-lusiadas-analise-do-canto-v/#